quarta-feira, 1 de setembro de 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

Back... home?

E pronto... Depois de uma longa estadia por terras lusas, cá estou eu de volta à tristeza de Espanha, onde o IVA aumentou, o desemprego também, há menos qualidade de vida... Mas pelo menos eu tenho o meu trabalhico, que gosto, uma piscinita para me refrescar e pelo menos tenho em mente uma série de projectos que pretendo realizar quanto antes, começando por "uma ponta" para que consiga chegar "ao grande sonho".

Näo estou particularmente feliz, e sinceramente, näo estou muito lúcida nem muito convencida de que serei capaz (algo que näo é nada bom para começar, eu sei), mas enfim... ao menos vou tentar e vamos a ver como a coisa corre.
Uma certeza tenho: näo quero ficar aqui. Já cá estou há 3 horas e já me quero ir embora...

domingo, 30 de maio de 2010

To coach or not to coach?


Bem... não é para estar sempre a justificar-me, mas não tenho dado notícias porque como sempre a vida acaba por dar umas voltas e entre uma coisa e a outra, a má gestão do tempo acaba por pesar muito.

Mas o que me traz aqui é o que fiz estes últimos dias. Para fazer um favor a uma colega, inscrevi-me num curso que aqui se chama "Mandos Intermédios". O curso consistia, muito resumidamente, em ver se tínhamos capacidade natural para liderar ou não, se seríamos capazes de coordenar e gerir uma equipa, como, em que circunstâncias, quais seriam as nossas reacções, entre muitas outras coisas. A novidade residia no facto de ser com cavalos. Porquê? Ao que parece são animais que, como muitos outros, só se movem em manadas, mas são medricas por natureza, com o qual só seguem um líder que seja capaz de agir com naturalidade, de gerir e coordenar de uma maneira hábil e decidida, etc.

O que nunca pensei foi que aquilo mexesse tanto comigo... Logo no primeiro dia já andava para trás e para a frente com eles, a correr, a puxá-los, a levá-los, a saltar com eles, e... a montá-los sem sela... As pessoas que coordenam aquele curso também me fizeram sentir muito bem desde o princípio. Fizeram-me abraçar os bichos, ouvir o coração, uma série de coisas que só se aprende com a prática, nada do que vem nos livros. Ganhei essas pessoas e elas ganharam-me a mim. Em 30 minutos já lhes era capaz de dizer abertamente quais eram os meus receios, o que achava que era e não era capaz de fazer e onde queria chegar.
No final acabaram por me alimentar o ego, ainda que dando-me nas orelhas. "Tens um potencial tremendo, mas estás-te a marimbar. Tens calma e paciência quando precisas, defines objectivos, mas não gostas de ser tu a levar. Preferes que te levem."
Sim, era verdade... sem cursos de psicologia (algo que odeio!) desintrinsecaram-me sem mais e expuseram-me, sem que no entanto me sentisse nua.

Mais dias vieram, e o facto de ter que ir a correr depois do emprego, de mal almoçar e deixar a cabeça e o coração com o F. que esta semana teve um pequeno acidente, lá ia eu toda feliz e contente, montar a cavalo, correr e saltar, fazer figura de parva e cagar-me (peço desculpa expressão) até às pestanas e sobrancelhas (que chegavam a casa sempre cheias de terra!).

Hoje chegou o fim... e eu entrei já na sessão com um sabor amargo na boca. Disseram-me tudo o que me tinham dito antes e mais um par de coisas. Mas aquilo que me deixou mesmo feliz foi quando um, um homem experiente, com meio mundo conhecido e explorado, e com a idade do meu Pai disse à frente de um grupo de 20 pessoas que confiava em quem menos se esperava e "na Portuguesa. Nessa confiava cegamente! Se tivesse que ir para o pior deserto do mundo, ia atrás dela sem questionar nada". Senti-me bem, claro, mas não sorri. O objectivo daquele curso era aprender a dominar situações fora dali, no mundo normal e corrente, na vida pessoal, mas mais do que nada na profissional.

Eu conheço-me profissionalmente. Estou habituada a trabalhar sobre pressão, o que confesso que até gosto, com objectivos e sou metódica. Não posso dizer que exteriormente seja organizada, mas mentalmente sei o que quero, ao que vou e como chegar a ele. Mas também tenho que assumir que o facto de ter tido o F. me deixou por uns tempos algo perdida... Não estou sozinha e tenho quem dependa de mim, alguém que depende dos passos que dou e direcção que tomo. Alguém em quem tenho que pensar 1000 vezes, embora não seja impedimento para nada. Assumo que o pai acaba por ser muito mais a limitação, algo que confesso que depois de tanto tempo, ainda não sei ultrapassar... E foi por isso que fiquei triste... Não me apresentaram soluções, não me deram coordenadas. Disseram-me que tinha que confiar em mim, pensar e decidir-me. Deram-me uma folha com umas perguntas que me disseram para ir respondendo. Para me ir debruçando sobre elas e ir formando um plano. Parece que afinal as ditas respostas se encontram dentro de mim.

Eu estou farta de estar sentada com a folha à frente... de escrevinhar, de pensar, de me deitar no sofá, ouvir música, procurar coisas na internet e não chegar a conclusão nenhuma. Sei o que gostava de fazer, tenho muitos projectos, mas sei também que não os posso desenvolver sozinha, preciso de alguém que me complemente.
Muita gente já me disse que sim, que vão começar a ver de coisas, que o(s) projecto(s) tem(/têm) perna(s) para andar para a frente, ou até mesmo sou eu procurada para coordenar projectos de outros, mas ninguém se mexe...
E eu fico desanimada, com a sensação de ver o comboio passar. Quero tomar as rédeas, mas parece-me que os cavalos verdadeiros eram muito mais fáceis de levar, mesmo quando não tinham nem as cordas ao pescoço.

Eu sei que as respostas estão dentro de mim, mas não as encontro...

No final do curso recebi um abraço forte, perguntei se nos voltaríamos a ver e sussurram-me algo ouvido tal como o Bill Murray à Scarlett Johansson no final do Lost in Translation.
E eu senti um nó na garganta e saí dali completamente desamparada...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Não, não gosto disto

Finalmente pus 1 ponto final do meu emprego. Inventei uma desculpa sobre que o C. tinha tido 1 oferta para ir trabalhar para outro sítio e que tínhamos decidido ir todos.

Cá em casa fui algo criticada por isso. Mais do que uma pessoa me dizia que devia dizer as coisas na cara, que a Razão e a Lei estavam do meu lado, e que se não desse um murro na mesa a chefe se ia continuar a aproveitar das pessoas. Sei que tinham razão, mas se há coisa que não consigo é evitar conflitos (o que não quer dizer que não os tenha de todo, porque muitas vezes também perco a paciência, como explicarei mais à frente). Enfim... saí e pronto.

A noticia correu depressa e a minha chefe anterior voltou a entrar em contacto comigo. Não sei bem porquê, porque sim, queria voltar a contratar-me mas dentro de 1 mês... e queria que eu aguentasse onde estava até ela ver quando me podia readmitir. Até aqui a coisa não está mal, mas quando lhe disse que não aguentava porque estava a ter uma série de problemas pessoais como consequência e que o ordenado não compensava, aí é que a bolha rebentou.
A pessoa em causa não é má pequena, mas talvez por também ter a cabeça no cepo, ou seja, de ter o seu posto de trabalho em risco, começou a opinar demais.
Eu tenho muitos defeitos, assumo que sim, mas sempre separei a vida pessoal da profissional. Confesso que este último ano tem sido 1 novidade e uma adaptação, porque agora tenho 1 filho, o que implica mais tempo e disponibilidade a todos os níveis. Mas acho que a coisa ficou, porque quando ela começou a opinar sobre a minha vida pessoal perdi a paciência. Acho que nunca na minha vida tinha falado a ninguém assim, e muito menos a 1 chefe. Toda a gente diz que tive razão e que tinha que fincar pé, mas vêm sempre depois os remorsos... Não gosto que as pessoas me saquem o que tenho de pior, não gosto de gritar nem de ter problemas ou conflitos com ninguém, mesmo que a Razão esteja do meu lado, porque sinto que isso não me compensa. Não gosto... e assusta-me a ideia de ter que trabalhar com uma pessoa assim porque acho que vai ser a rotina diária. Sei que vou ter que respirar fundo, ter que me controlar e pensar duas vezes antes de abrir a boca, mas uma das grandes razões porque deixei aquele emprego foi porque sabia que estava a atingir 1 limite e estava a pagar o facto da vida daquela pessoa não lhe estar a correr bem (ou seja, mesmo noutro prisma, ela continua a não saber distinguir a vida privada da profissional).

Confesso que tenho medo de voltar a trabalhar com ela... confesso que tenho medo de não me conseguir controlar e voltar a perder a paciência, mas mais do que nada, confesso que tenho medo que ela me saliente o que menos gosto em mim...

sábado, 17 de abril de 2010

Andas desaparecida...

Não, não me aconteceu nada. Não fiquei sem nada para dizer, mas mudei de emprego...

O que é que uma coisa tem a ver com a outra?
Pois, para grande infelicidade minha, muita coisa.
Há muito tempo que andava algo aborrecida com o meu anterior emprego. Quase desde o princípio, para dizer a verdade... quando sabemos que uma coisa não é para sempre e se vai assistindo ao afundar do barco, perguntamo-nos diversas vezes se valerá a pena. A falta de coordenação e de organização era uma constante (algo que não suporto, pelo menos, num emprego) aliado ao facto de ter uns companheiros a ter 1 caso e ser obrigada a compactuar com a coisa.
Quando me telefonaram a mim, do nada, a oferecer-me 1 emprego de alguma categoria e responsabilidade, ainda que o ordenado não fosse grande coisa, era difícil de negar.

O problema é que nem tudo o que luz é ouro... e aprendi este último mês que se é difícil encontrar 1 emprego, também é difícil encontrar 1 empregado. Se não vejamos: apesar de haver uma grande oferta, de se saber que quem quer trabalhar se sujeita praticamente ao que for, que necessidade existe de se mentir?
Pois a mim mentiram-me. Só me bastou 1 semanita e meia para perceber que ia ter bastantes mais responsabilidades e tarefas do que me tinham dito e nunca ia ver os cifrões que me tinham prometido. Só esta semana tive que trabalhar praticamente 10h diárias e ainda me tocou ir hoje, sábado. Comentário da manhã: "Como aos sábados não vamos ter muito para fazer...". Desculpa?!!?!? "Não vamos ter muito para fazer?", ou seja, ainda tenho que lá voltar mais vezes... e para não ter que fazer!?!?

Começo a esgotar a paciência... principalmente para gentinha emergente, sem educação, que não só explora como ainda maltrata os seus subjugados (e até nem estou a falar de mim).
Estou cansada do desrespeito e das chapadas consecutivas.
Tenho vontade de voltar a fazer a mochila e assentar arraiais noutro sítio.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sostrova

No sábado passado tocou almoço com a família do C.
Confesso já abertamente que detesto esses dias. Não tenho os piores sogros do mundo, mas também estou beeeeeeeeeeeeeeeeeeem longe de ter os melhores. O porquê agora também não interessa, mas digamos que tenho muito boas razões para dizer isto.

Mas façamos uma descrição rápida dos senhores: a minha sogra é daquelas que tem sessenta e poucos anos, mas na cabeça ficou nos vinte e poucos, tem efectivamente um corpo fantástico para alguém que teve 5 filhos, mas não tem a noção que as coisas justas não são (e segundo as fotografias antigas dela, nunca foram) a melhor opção e... bem... é uma mistura entre a Sofia Lauren e a Amiga Olga. Misturem bem que de certeza que é ela que sai.
O meu sogro é homem bastante activo. Bem posto para a idade, mas é daquelas gajos que nunca fez boi na vida... fez 68 anos a semana passada e é a mulher que ainda lhe escolhe a roupa.

Mas pronto, há que aguentar. Falam pelos cotovelos, tanto um como o outro e raramente, para não dizer nunca, dizem nada de interessante. Mas o pior mesmo é a comida! Cozinham, tanto um como outro, tão, mas tão, mas tão mal... Que eu não posso comer nada a manhã toda para conseguir engolir alguma coisa. Porque se não como é porque as coisas não estão boas (Oh!!! Pudesse eu dizer a verdade!!!) e é maior o discurso que ouço se não como que se o contrário.
E ainda vem o pior! A comida não é boa, apanho 1 seca desgraçada e... se me sentam ao pé do meu sogro.. ai... eu fujo! É que não bastava eu já ter que comer obrigada, comer algo com os perdigotos de outros... ui... Porque se há coisa que não suporto, nem nunca suportei, é gente que não sabe comer, e se ainda por cima se cospem todos... ai... é o suficiente para não comer e ainda ter vontade de vomitar por cima...

Assim que este sábado (ah! e o almoço foi no sábado porque davam chuva para domingo... não... não choveu no domingo nem fomos almoçar fora, foi em casa mesmo, para o qual é fundamental que esteja sol...vá-se lá entender...) quando vi que me ia calhar aquele sítio privilegiado... Fiquei tão traumatizada que nem sei que volta lhe dei para não ser eu a ficar ali... :S

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carta ("Aberta") à R.


Soube por uma das redes sociais que vais voltar a partir.

Tens razão, mereci ser informada assim.
Deu-me um aperto e pensei "-Outra vez? Mas nem sequer a vi!". Creio que inconscientemente me entrou um peso... de consciência. Eras das poucas pessoas que estava à minha espera quando voltei a Casa, e eu, devido à necessidade que outros Amigos tinham de mim, ao meu descanso, necessário mas inoportuno, e à minha má gestão de tempo, não consegui estar contigo. No aeroporto, à espera de voltar, confesso que pensei "Não faz mal. Fica para a próxima".
Quando voltei recebi 1 mail teu a perguntar se sempre tinha ido a PT, disse-te que sim, mas que já tinha voltado e o porquê. Não obtive resposta, e uma vez mais admito que o mereço.
Agora assumo que tenho medo dos desencontros.
Penso que afinal o nosso País de origem não tinha o que precisavas.
Não sei se o para onde vais tem, nem sei se a razão porque vais é a que penso.

Tenho saudades tuas. Muitas... daquelas que doem e apertam.
Às vezes imagino como seria conheceres o F. e o quão ele gostaria de ti (e tu dele!), e riu-me sozinha, ainda que com um sabor amargo na boca.

Não começámos da melhor maneira, e se me dissessem na altura como iríamos acabar, diria que estavam a gozar comigo, mas quero que saibas que és uma das poucas pessoas que sempre foi sincera e honesta comigo, e que, mais que tudo, nunca me virou as costas nem me deixou desamparada. Eu digo-te que espero fazer-te sempre o mesmo. Sempre foste muito fiel a ti própria, para o melhor e para o pior, e esse teu "defeito" é também o que mais te honra.

Assim que desejo do fundo do coração que te corra tudo pelo melhor e ... "muita merda"!
Espero ansiosamente pelo nosso reencontro e tentarei fazer tudo para que seja o mais depressa possível...


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Post it

Lembrar-me de andar sempre com 1 cadernito atrás para apontar as ideias que tenho de coisas para postar, porque depois encontro-me à frente do computador para escrever e näo me lembro de nada...


P.S.: Pode ser que o facto de ser de manhä e cedo contribua em muito...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Será que (não) posso viver sem ti?



Há uns tempos atrás, enquanto ainda estava a fazer um curso, o formador de Marketing perguntou-nos a todos, de repente, o 1º anuncio que nos vinha à cabeça. Lembrei-me de repente "Donde caben dos, caben trés". Não sei se o anuncio passava assim em Portugal, mas por aqui dava com um música giríssima e com o pessoal todo à molhada. Sempre gostei de gente à molhada, ao ponto de muitas vezes abdicar da minha vida pessoal e ser bastante criticada, e com alguma razão, pelo devido "respectivo".

Agora cá passa este. Se me perguntam se onde cabem 2 cabem 3, respondo claramente que sim. Agora... onde cabe 1 cabem 2... o anuncio é bastante claro em demonstrar que as coisas não são fáceis, e muitas vezes desde o principio. Se não vejamos a cara do senhor "cinzentinho" em que a senhora "colorida" começa entusiasmadamente a arrumar a parte do armário que não lhe é devida.
Eu confesso que não tenho muito que me queixar em relação a que me ocupem o espaço. Quanto muito seria o pobre coitado que se poderia queixar. Mas queixo-me muito da excessiva desarrumação e da alguma badalhoquice (afinal o rapaz é espanhol!!!) das quais ele padece. Aí também confesso... começo a bufar por todos os lados e a rogar muitas pragas à minha sogra...
Porquê? Aponto só ALGUMAS razões: viveu (e vive!) 40 anos só com homens (teve 5 filhos rapazes, dos quais vivem 4) e continua ela a limpar (e mal!) a casa toda, o marido mija fora do penico (fora da retrete, entenda-se) e por cima da tampa e ela nunca lhe disse que a coisa não é assim; os filhos bebem coca-colas e coisas que tais, ela vem atrás e deita fora as latas e as garrafas e/ou lava os copos, não ensinou aos filhos o significado de um aspirador, nem de uma vassoura nem de uma esfregona (conceito que nem mesmo ela tem muito claro), nem lhes ensinou que o lixo quando enche é para fechar e deitar fora..

Assim que imaginem, conviver com isto não é fácil... e pior é durante as férias em que tenho que levar com todos ao mesmo tempo :S

No fim, claro que vale a pena. Mas há uns dias...