sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carta ("Aberta") à R.


Soube por uma das redes sociais que vais voltar a partir.

Tens razão, mereci ser informada assim.
Deu-me um aperto e pensei "-Outra vez? Mas nem sequer a vi!". Creio que inconscientemente me entrou um peso... de consciência. Eras das poucas pessoas que estava à minha espera quando voltei a Casa, e eu, devido à necessidade que outros Amigos tinham de mim, ao meu descanso, necessário mas inoportuno, e à minha má gestão de tempo, não consegui estar contigo. No aeroporto, à espera de voltar, confesso que pensei "Não faz mal. Fica para a próxima".
Quando voltei recebi 1 mail teu a perguntar se sempre tinha ido a PT, disse-te que sim, mas que já tinha voltado e o porquê. Não obtive resposta, e uma vez mais admito que o mereço.
Agora assumo que tenho medo dos desencontros.
Penso que afinal o nosso País de origem não tinha o que precisavas.
Não sei se o para onde vais tem, nem sei se a razão porque vais é a que penso.

Tenho saudades tuas. Muitas... daquelas que doem e apertam.
Às vezes imagino como seria conheceres o F. e o quão ele gostaria de ti (e tu dele!), e riu-me sozinha, ainda que com um sabor amargo na boca.

Não começámos da melhor maneira, e se me dissessem na altura como iríamos acabar, diria que estavam a gozar comigo, mas quero que saibas que és uma das poucas pessoas que sempre foi sincera e honesta comigo, e que, mais que tudo, nunca me virou as costas nem me deixou desamparada. Eu digo-te que espero fazer-te sempre o mesmo. Sempre foste muito fiel a ti própria, para o melhor e para o pior, e esse teu "defeito" é também o que mais te honra.

Assim que desejo do fundo do coração que te corra tudo pelo melhor e ... "muita merda"!
Espero ansiosamente pelo nosso reencontro e tentarei fazer tudo para que seja o mais depressa possível...


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